Todos chegavam elegantes naquela noite fria no Theatro Municipal de São Paulo. Todas as atenções estavam voltadas para a estreia da ópera La Traviata com o soprano russa famosa, Netrebko no auge da voz daria vida a uma das personagens mais icônicas da ópera.
Madames desfilavam suas roupas caras, bolsas de grife e jóias que valiam mais que um apartamento de classe média. Pouco se importavam o que seria apresentado ou quem iria cantar, estavam lá para ver e ser vista. Fazer inveja nas amigas da alta sociedade não tem preço.
Eis que chega nossa protagonista com seu namorado, elegantemente vestida e com um porte orgulhoso. Não pertencia ao mundo dos estribados e não se destacou no multidão de ricaças. Aquele clima de alguma forma a excitava. Imaginava aquelas socialites na intimidade, tirando o vestido para transar.
Como não pertenciam a elite ela e seu namorado tem seus ingressos na galeria do teatro. Para quem não conhece é o último andar, no alto onde os cantores ficam pequenos. Evitaram os longos degraus e pegaram o velho elevador que parece ser da época da inauguração do teatro, 1911.
Dentro dele começa a beijá-lo ardentemente, sua mão corre todo seu corpo deixando ambos excitados. Ele baixa seu vestido tomara que caia e se delicia com seus fartos seios. Antes de terminar a viajem ele aperta o botão vermelho e o elevador trava. Continuam as excitações com ambas as mãos acariciando o sexo. Ouvem um bater na porta, algum vovô queria subir e pedia que eles liberassem o elevador.
Bacanas não compram ingressos na galeria, sorte deles, alguns gatos pingados estão la em cima. Quando começa a ópera estão focados na história de Violeta Valéry. No intervalo as estribadas dos Jardins e adjacências participam de um rega-bofe e se mandam para casa, metade não fica para concluir a segunda parte. Percebendo isso os que compraram ingressos no céu descem para a plateia.
Ficam sós na galeria. Começa a segunda parte, melodias lindas são ecoadas pela orquestra acompanhadas da voz do soprano. Esquecem o enredo e beijos ardentes entram em ação, ela se senta no colo dele enquanto o dueto Parigi, O cara é cantado. Começa a fazer movimentos simulando o ato sexual, ele delicadamente levanta seu vestido e ela abre seu zíper. A penetração ocorre de forma natural, movimentos lentos são acompanhados do rugir da cadeira. Ainda bem que a madeira é de lei, resiste com bravura. Suas mão acariciam os seios fartos e duros.
Percebe que ela vai chegar ao orgasmo em um êxtase fenomenal, não a deixa, vai controlando a ação tirando seu membro. Quer esperar o orgasmo para o gran finale. A protagonista morre de tuberculose e a festa na galeria continua. Quando os aplausos começam a ecoar ambos atingem o clímax, gozam juntos em um delírio estratosférico. As palmas ocultam seus gemidos de prazer.
Descem pelas escadas e observam os comentários da performance da cantora. Pare eles não importa se agudos atingiram as notas ou se o tenor estecou, saíram completamente extasiados e satisfeitos.
Ali Hassan Ayache

Incrível.. Parabéns 👏🏾👏🏾👏🏾
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